Ninguém é perfeito....


Boa tarde a todas e a todos,

Hoje, foi o primeiro dia oficial da Baby B. na creche. Vai ser o seu segundo ano nesse estabelecimento, e ao mesmo tempo o último. Ainda com 23 meses, feitos hoje, ela vai passar para o infantário se todo correr bem para o ano.


O tempo passa a voar e não parece. Destruiu-me o coração deixa-la lá, a chorar e gritar como se não houvesse amanhã, mas não houve escolha. Aqui é todo muito diferente do que as minhas amigas, e colegas de França me contaram. Não me deixaram com ela para a acalmar, o que acho uma grande falta de educação, somos quase postos fora da porta (dizem que é para as outras crianças não choraram também por falta dos pais deles). Desculpa mas a minha filha vem primeiro, uma criança assim os gritos acho que não é normal. Ainda fora do estabelecimento, conseguia ouvi-lá.

Falta aquela transição, em que os pais possam ficar um pouquinho com eles até eles distraíram-se e jogar com os outros meninos e assim os pais saíram, sem eles notaram. Eu sei que quando deram por ela, choram um pouco, mas não é igual porque eles já tenham a noção do que estão bem e em segurança, e sobre tudo a brincar (o que uma criança pode pedir de melhor). Deviam deixar as crianças adaptar-se a sua maneira, cada criança é uma criança.

Estou bastante abalada com isso.



Eu sei, que não sou uma mãe perfeita, e acho que ninguém é.. Também sei, que não a más mães (há algumas excepções, mas são casos extremos). Digo isso, porque certas mães podem pensar que sou muito mãe galinha, sou e não sou. Há momentos que só me apetece só estarmos só as duas, e outros que sei que não pode ser. Ela nunca ficou com ninguém desde que ela nasceu (a não ser na creche), sempre estive comigo (e com o pai, quando saímos).

A Baby B. é uma criança muito solitária, na creche não joga muito com as outras crianças. Pelo menos, o ano passado, quando ia busca-lá. Ela estava sempre no seu cantinho a jogar sozinha com alguma coisa. Não sei, se é por estar em casa só comigo (ela tem pai, mas ele trabalha de noite, e a tarde dorme, faz dias de 21h-13h, que são dias de 16h quando está no mar) e não ter crianças para brincar. Infelizmente, toda a minha família está em França, meus pais, irmãos e sobrinhos (esses é que fazem falta para ela brincar); do lado do meu marido ninguém se fala, e ninguém quer saber da menina (tem 1 priminha de 3 anos que podia brincar com ela, ou um tio [sim irmão do meu marido] que tem 4-5 anos, que também podia brincar com ela, mas ninguém quer saber dela, nem de nos por a mesma ocasião). Sinto que estou a falhar nesta parte, sinto que é da minha culpa ela não ter essa possibilidade de abrir-se para os outros. Ela é uma menina alegra que faz as suas birras, o que é normal, mas que gosta de brincar.

Não sei o que posso fazer para ela se sentir bem na creche, espero que essa fase da separação passa e que ela aprende a ir toda contente. O que me custa mais é que em casa, ela pega na mochila, quer ir para o quer, diz que quer ir brincar com os meninos e quando chega lá, é esse filme todo. Será que a educadora lhe fiz alguma coisa, é a mesma que o ano passado, e já no fim, ela não gostava de ir para ela... Infelizmente, não sou uma mosquinha para ver o que se passa enquanto não estamos lá, e não posso acusar ninguém sem provas.



Hoje, pesava-me este peso em cima de mim e queria partilhar este sentimento convosco. Acho que estamos aqui uns para os outros nos bons e maus momentos.

Como correu o regresso as aulas do vosso lado? Ou quase são as vossas recordações?

Beijos a todas e a todos,


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